Atuando com Letras

terça-feira, 31 de março de 2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Assim


Quando os anjos choram,
Milagre

Quando elas choram,
Emoção

Quando eles choram
Fim.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Passarinho, Passarão


Todo passarinho
Vira pássaro
Todo pássaro que voar
Pode escolher voar em dupla
Pode escolher voar sozinho

Para voar acompanhado
Não é preciso estar acorrentado
Basta querer o mesmo horizonte
Basta querer estar ao lado

Porém, desestimulado
Vai-se um pássaro pra cada lado. 

domingo, 14 de setembro de 2014

I - Da Conquista

Desde de o começo,
Diferente
Não ele,
Mas ela

Apaixonado,
Mas afastado
Calças rosa,
Óculos grande
Palpitante, já estava
Mas nada falava

Começa a ação,
Receoso, digo:
Não.

Entretanto ressurge,
Meu Deus da salvação:
Vinho.

Os olhares se cruzam
As vontades se encontram
Os corações se ressoam
E sem medo, digo:
Sim.


II - Do Receio

Conhecem-se
Duvidam-se
Desentendem-se
Entendem-se
Reconhecem-se
Descobrem-se
Constroem-se


II - Coração Engessado

Amam-se
Amo-te
Ama-me
Amo-te

Separa
Dói
Machuca
Congela
Morro vivo
Vivo morto

Como pedra,
Assim fico
Duro
Frio
Sem movimento
Sem momento
Ausente, mesmo presente

III - Quebra-se o Gesso

Reencontro
Renasço
Ressorrio
Revivo
Reamo-te
Reama-e
Reamamo-nos

Não mais sobrevivo,
Mas vivo
E como vivo.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Pesadelo de Poeta


Poetando e poemando
Tinha medo de acabarem
Suas palavras, suas letrinhas
Suas pinturas de orações

Jovem louco, pois então,
Começou a economizar
Seus sorrisos se escascaram
As alegrias se afugentaram

Logo logo percebeu
Que a economia estava errada
Nas contas esquecera
Da variável mais cerrada

Leitura? Imaginação? Estudo?
Importantes, mas não tudo
A variável em questão era a vida a ser vivida
Sem vivência, só ausência

Foi presente
Fez presente
A vida retribuiu
Com infinitos quadros pro garoto,
Agora nunca mais ausente.

terça-feira, 11 de março de 2014

Para recomeçarmos bem o pós carnaval, abraço!


Que as nuvens não eram de algodão


Quando criança,
Deram-lhe:
Um lápis 
E uma borracha

Já um pouco maior
Tiraram-lhe a borracha,
Virou-se com o dedo

Quando quase grande,
Tiraram-lhe o lápis,
Viu-se maluco

Agora crescido,
Contaram-lhe a verdade.
Triste e inconformado,
Confuso e desajeitado,
Descobriu que a vida,
Era escrita à caneta.

Poema postado a pedido do amigo Matheus Oliveira.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Para fechar esse domingo, um tato melancólico, uma pequena homenagem, lembrança ou até um pedaço do crescimento desse que vos fala em relação a minha querida nona, que, infelizmente decidiu ser a minha primeira grande parte.

Ida ou A última viagem

Por que não aprendeu a usar celular?
Por que não me deixa ligar? 
Por que não posso nem deixar recado?

Por que não deixou endereço?
Por que não posso te mandar um e-mail?
Por que nem mesmo uma carta?

Achei que diria um tchau
Achei que deixaria um beijo
Achei que poderia dizer, 
Pelo menos,
Mais um eu te amo,

Só achei
Que dor de saudades
Fosse sinônimo de mentira,
Que lágrimas de chamamento
Fossem sinônimo de aparecimento

Achei adolescente,
Acordei homem.